A família desempenha um papel essencial em nossa vida, proporcionando um ambiente de aprendizado e desenvolvimento humano. Através das trocas simbólicas na família se estabelecem laços afetivos, compartilham significados e constroem sua identidade individual e coletiva.
No entanto, a dinâmica familiar pode ser afetada por desafios contemporâneos. A aceleração social, caracterizada pelo ritmo acelerado da vida moderna e a pressão para acompanhar as demandas externas, pode afetar a qualidade do tempo dedicado à família.
Mesmo nesse contexto adverso, a família segue desempenhando o seu papel de promover a internalização de crenças e valores e de estabelecimento de vínculos afetivos poderosos. Não obstante as boas intenções nesse processo, ela pode tanto hospedar a disseminação de preconceitos, quanto promover o seu enfrentamento.
Por um lado, a transmissão de valores, crenças e estereótipos familiares pode perpetuar preconceitos e discriminações. Por outro lado, a família pode ser um espaço de diálogo aberto, aprendizado e construção de valores baseados na igualdade, no respeito à diversidade e na empatia.
Os efeitos da aceleração social
Fruto da aceleração social, a falta de tempo pode levar ao distanciamento emocional entre os membros familiares e contribuir para o surgimento de situações de violência, como negligência ou violência doméstica.
Sistemas cibernéticos digitais e as trocas simbólicas na família
Além disso, a interação com sistemas cibernéticos digitais pode alterar a forma como se dão as trocas simbólicas na família e como nos comunicamos e nos relacionamos uns com os outros, levando ao isolamento emocional, diminuindo a interação face a face e prejudicando a qualidade dos vínculos familiares.
Concluímos que a família enfrenta desafios no contexto da aceleração social e da manipulação cibernética digital. No entanto, é possível superar esses desafios fortalecendo a comunicação e o diálogo dentro da família, estabelecendo limites saudáveis no uso de tecnologias e promovendo valores de tolerância, respeito à diversidade, igualdade e renúncia.
Boa leitura
Sergio Senna
Veja a integralidade do estudo: